segunda-feira, 31 de maio de 2010

Se

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem!


Rudyard Kipling

Aldeia Campista, a história.

A história da Aldeia Campista teve início quando João batista Vianna Drummond, homem de espírito empreendedor, feito Barão 1 ano e 4 meses antes do fim do Império, adquiriui da Princesa Leopoldina a antiga Fazenda do Macaco.

Aldeia Campista é originalmente um bairro da cidade do Rio de Janeiro que surgiu com a implantação da Fábrica Confiança, no final do século XIX e com a conseqüente construção de casas para os operários. Os três apitos, que marcaram outrora os horários dos trabalhadores na fábrica, foram imortalizados na música de Noel Rosa, que como muitos, se refere ao local como Vila Isabel, embora muitos insistam que a área pertença à Tijuca.

A Vila Operária ainda existe e conserva a arquitetura original. Localiza-se nas fronteiras, encravado, nos bairros da Tijuca, Maracanã, Andaraí e Vila Isabel. A região é formada por ruas residenciais que interligam esses bairros como a Gonzaga Bastos, Pereira Nunes, Dona Maria, Araújo Lima, Ribeiro Guimarães, a charmosa rua Noel Rosa e outras.

O bairro também foi imortalizado nas crônicas e contos de Nelson Rodrigues. O autor, que em 1916 morou ali, inspirou-se no cotidiano da Aldeia Campista para escrever “Engraçadinha” - que se passa numa praça que já não existe, além da maior parte da série “A vida como ela é”. Nesta encontram-se os nascimentos feitos por parteiras e os velórios em casa, os vizinhos cuidando uns das vidas dos outros, os hábitos das senhoras, a moda e a boêmia nas décadas de 30 a 50.

domingo, 30 de maio de 2010

sábado, 29 de maio de 2010